(79) 3214-3020
Cateterismo Cardíaco

O cateterismo cardíaco é um procedimento médico usado para diagnosticar e tratar doenças cardíacas. Ele envolve a inserção de um cateter, um tubo longo e fino, em um vaso sanguíneo, geralmente na virilha, braço ou pescoço, que é então guiado até o coração. Este procedimento permite aos médicos visualizar as artérias coronárias, as câmaras do coração e as válvulas cardíacas, ajudando a identificar bloqueios, anomalias e a avaliar a função cardíaca.

Para realizar o cateterismo, o paciente é primeiramente sedado ou anestesiado localmente. O médico faz uma pequena incisão no local de inserção do cateter e, utilizando técnicas de imagem, como fluoroscopia (raios X em tempo real), guia o cateter através dos vasos sanguíneos até o coração. Durante o procedimento, um meio de contraste é injetado através do cateter para melhor visualização das artérias e estruturas cardíacas.

Angioplastia Coronária

A angioplastia coronária, também conhecida como intervenção coronária percutânea (ICP), é um procedimento médico utilizado para tratar a doença arterial coronariana, onde as artérias coronárias que fornecem sangue ao coração estão estreitadas ou bloqueadas devido à aterosclerose. Este procedimento visa restaurar o fluxo sanguíneo para o coração, aliviando sintomas como dor no peito (angina) e reduzindo o risco de um ataque cardíaco.

O procedimento de angioplastia coronária envolve várias etapas. Primeiro, o paciente é geralmente sedado e anestesiado localmente. Um cateter, que é um tubo fino e flexível, é inserido através de uma artéria, geralmente na virilha ou no punho, e guiado até as artérias coronárias sob a orientação de imagens de raio-X.

Uma vez que o cateter está posicionado na área da artéria estreitada ou bloqueada, um balão pequeno na ponta do cateter é inflado. Isso expande a área estreitada, pressionando a placa de aterosclerose contra as paredes da artéria, aumentando assim o diâmetro interno da artéria e melhorando o fluxo sanguíneo. Em muitos casos, um stent, que é um pequeno tubo de malha de metal, é inserido na artéria durante a angioplastia. O stent é expandido pelo balão e permanece na artéria para mantê-la aberta após o balão ser desinflado e removido.

Existem diferentes tipos de stents, incluindo stents metálicos simples e stents farmacológicos, que são revestidos com medicamentos que ajudam a prevenir a reestenose, ou o novo estreitamento da artéria. Após a colocação do stent, o cateter é removido e o local de inserção é fechado e protegido para prevenir sangramentos.

A angioplastia coronária é geralmente bem-sucedida e tem um tempo de recuperação relativamente curto, permitindo que os pacientes voltem às suas atividades normais em alguns dias ou semanas. 

Em resumo, a angioplastia coronária é uma técnica vital e frequentemente utilizada para tratar a doença arterial coronariana, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo a incidência de eventos cardíacos graves.

Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI)

O Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI, do inglês Transcatheter Aortic Valve Implantation) é um procedimento minimamente invasivo utilizado para substituir a válvula aórtica doente, geralmente em pacientes com estenose aórtica grave que são considerados de alto risco ou inaptos para a cirurgia tradicional de troca valvar aberta. A estenose aórtica é uma condição em que a válvula aórtica se estreita, dificultando o fluxo de sangue do coração para o resto do corpo, o que pode levar a sintomas graves como falta de ar, dor no peito e desmaios.

O TAVI é realizado inserindo-se uma nova válvula, normalmente feita de tecido biológico, dentro da válvula aórtica danificada sem a necessidade de removê-la. O procedimento começa com a inserção de um cateter em uma artéria, geralmente através da virilha (abordagem transfemoral) ou, em alguns casos, através de uma pequena incisão no peito (abordagem transapical ou transaórtica). O cateter, que contém a válvula dobrada, é então guiado até o coração sob visualização fluoroscópica.

Uma vez que o cateter está no lugar correto, a válvula nova é expandida, muitas vezes com a ajuda de um balão inflável, empurrando a válvula velha para as paredes da aorta e posicionando a nova válvula firmemente em seu lugar. A nova válvula começa imediatamente a funcionar, regulando o fluxo de sangue adequadamente. Após a implantação, o cateter é removido e o ponto de inserção é fechado.

O TAVI oferece várias vantagens sobre a cirurgia convencional, incluindo menor tempo de recuperação, menor risco de complicações e a possibilidade de tratamento em pacientes que, de outra forma, seriam considerados inoperáveis devido a outras condições de saúde. No entanto, como qualquer procedimento médico, o TAVI também apresenta riscos e deve ser cuidadosamente considerado por uma equipe multidisciplinar de cardiologistas, cirurgiões e outros profissionais de saúde para garantir que seja a melhor opção para o paciente.

A recuperação após o TAVI geralmente é rápida, com muitos pacientes experimentando melhora significativa nos sintomas quase imediatamente. A maioria pode retornar às suas atividades normais em poucas semanas, dependendo da saúde geral e do tipo de abordagem utilizada para o procedimento. O TAVI representa um avanço significativo no tratamento de doenças valvares cardíacas, proporcionando uma opção menos invasiva e altamente eficaz para muitos pacientes.

Valvuloplastia Mitral Percutânea

A Valvuloplastia Mitral Percutânea, também conhecida como valvoplastia mitral percutânea ou balão mitral, é um procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar a estenose mitral, uma condição onde a válvula mitral do coração se torna estreitada, dificultando o fluxo sanguíneo do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Este procedimento é geralmente indicado para pacientes que apresentam sintomas significativos ou complicações decorrentes da estenose mitral, como insuficiência cardíaca ou fibrilação atrial.

O processo de valvuloplastia mitral percutânea envolve várias etapas cuidadosamente coordenadas. Inicialmente, o paciente recebe anestesia local e, em alguns casos, sedação consciente para garantir conforto durante o procedimento. O cardiologista intervencionista realiza uma punção em uma veia grande, geralmente na virilha, inserindo um cateter fino e flexível até alcançar o coração.

Utilizando técnicas de imagem, como fluoroscopia e ecocardiografia, o médico posiciona o cateter na válvula mitral estreitada. Em seguida, um balão localizado na ponta do cateter é inflado gradualmente dentro da válvula, forçando-a a se abrir e aumentando a abertura valvular. Esse processo ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo através da válvula mitral, aliviando os sintomas e melhorando a função cardíaca.

A valvuloplastia mitral percutânea oferece várias vantagens em relação à cirurgia aberta, incluindo menor tempo de recuperação, menor risco de complicações e a possibilidade de ser realizada em pacientes que não são bons candidatos para cirurgia tradicional devido a comorbidades ou idade avançada. No entanto, a eficácia do procedimento pode ser limitada em casos de calcificação severa da válvula mitral ou outras complicações anatômicas.

Após a valvuloplastia, os pacientes geralmente precisam de um período curto de monitoramento hospitalar para garantir que não ocorram complicações imediatas. A maioria das pessoas pode retornar às suas atividades normais em alguns dias, com uma melhoria significativa dos sintomas. No longo prazo, a eficácia da valvuloplastia mitral percutânea pode variar, e alguns pacientes podem necessitar de intervenções adicionais, como repetição do procedimento ou, eventualmente, substituição valvar cirúrgica.

Em resumo, a valvuloplastia mitral percutânea é uma abordagem eficaz e menos invasiva para o tratamento da estenose mitral, proporcionando alívio sintomático e melhoria na qualidade de vida para muitos pacientes, com um perfil de segurança favorável em comparação com as técnicas cirúrgicas tradicionais.

Fechamento por Cateter de Comunicação Interatrial (CIA)

O Fechamento por Cateter de Comunicação Interatrial (CIA) é um procedimento minimamente invasivo utilizado para corrigir um defeito no septo atrial, a parede que separa as duas câmaras superiores do coração (átrios). A Comunicação Interatrial é um defeito congênito que permite a passagem anormal de sangue entre os átrios, podendo levar a problemas como insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar e aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC).

O procedimento começa com a inserção de um cateter, um tubo fino e flexível, através de uma veia na virilha ou no pescoço. Este cateter é guiado até o coração sob orientação de imagens de raio-X em tempo real (fluoroscopia) e ecocardiografia. Uma vez que o cateter atinge o septo atrial, um dispositivo oclusor especialmente projetado é passado através do cateter até o local do defeito.

O dispositivo oclusor é composto de dois discos de malha que, ao serem liberados, expandem-se e se posicionam de cada lado do defeito, fechando a abertura. Os discos são feitos de materiais biocompatíveis que permitem a integração com o tecido cardíaco ao longo do tempo, promovendo o fechamento permanente do defeito. Uma vez posicionado corretamente, o dispositivo é liberado do cateter e fixado no lugar.

O procedimento é realizado sob anestesia geral ou sedação consciente, e a maioria dos pacientes pode retornar às suas atividades normais dentro de poucos dias. A recuperação é rápida, com um tempo de internação geralmente curto. Além disso, o risco de complicações é relativamente baixo, tornando este método preferível ao tratamento cirúrgico tradicional.

O fechamento por cateter de CIA é uma alternativa eficaz e segura para muitos pacientes, especialmente aqueles que são considerados de alto risco para cirurgia aberta. Ele oferece benefícios significativos, incluindo menor tempo de recuperação, redução de cicatrizes e menor incidência de complicações pós-operatórias. Este procedimento tem se tornado cada vez mais comum, proporcionando melhor qualidade de vida para indivíduos com defeitos do septo atrial.

Fechamento Percutâneo do Forame Oval Patente (FOP)

O Forame Oval Patente (FOP) é uma pequena abertura no septo interatrial do coração que, durante o desenvolvimento fetal, permite a passagem de sangue entre os átrios direito e esquerdo. Normalmente, essa abertura se fecha logo após o nascimento. No entanto, em cerca de 25% dos adultos, o FOP permanece aberto, o que pode, em alguns casos, estar associado a problemas como enxaqueca, acidentes vasculares cerebrais (AVC) criptogênicos e embolia paradoxal.

O fechamento percutâneo do FOP é um procedimento minimamente invasivo utilizado para fechar essa abertura de forma segura e eficaz. O objetivo principal é reduzir o risco de AVCs e outras complicações associadas ao FOP. O procedimento é realizado por um cardiologista intervencionista em um ambiente de cateterismo cardíaco.

Durante o procedimento, o paciente recebe sedação ou anestesia leve para conforto. Um cateter é inserido através de uma veia, geralmente na virilha, e guiado até o coração usando técnicas de imagem como ultrassom intracardíaco ou fluoroscopia. No final do cateter, há um dispositivo de fechamento, geralmente composto de materiais biocompatíveis, como malha metálica coberta com material especial para promover a cicatrização.

O dispositivo é cuidadosamente posicionado no FOP e liberado, onde se expande e se ajusta às bordas do forame, selando a abertura. Após a liberação do dispositivo, o cateter é removido e o local de inserção é fechado. O procedimento normalmente dura entre 30 minutos e 1 hora.

Após o fechamento percutâneo do FOP, os pacientes geralmente permanecem em observação por algumas horas e podem ser liberados no mesmo dia ou no dia seguinte. A recuperação é rápida, e a maioria dos pacientes pode retornar às suas atividades normais dentro de alguns dias.

O sucesso do procedimento é alto, e a maioria dos pacientes experimenta uma redução significativa nos sintomas e no risco de complicações associadas ao FOP. Como qualquer procedimento médico, existem riscos, como infecção, reação alérgica aos materiais usados ou complicações vasculares, mas esses são raros. O fechamento percutâneo do FOP é uma opção eficaz e segura para muitos pacientes, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade de vida e na prevenção de eventos cerebrovasculares.

Profissionais
Especialistas